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Características impressionantes do avivamento da rua Azusa

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Por Carlos Roberto

Muita coisa tem sido falada e discutida sobre o avivamento da Rua Azusa, e seu papel na história da igreja e do cristianismo. Vários livros relatam com precisão a ordem dos fatos relacionados Willian J. Seymour, pregador Afro-Americano, nas congregações de santidade em Houston. Na verdade, tudo começou no dia 1 de janeiro de 1901, em uma reunião de oração, onde Agnes Ozman, aluno de Charles, na faculdade Betel de Bíblia, em Topeka, Kansas, começou a falar em línguas. Diz a história que no decorrer da experiência espalhar-se por toda a escola, Parham, convenceu-se de que aquela glossolalia, ou línguas desconhecidas, era o que ele chamava de evidência bíblica do batismo no Espírito Santo. O que chama nossa atenção já no início do movimento pentecostal, é o seu contexto situacional, de um estudo em uma faculdade de teologia.

Fato esse que incomoda quem diz que a experiência do pentecostalismo no seu começo, foi um movimento de ordem emocional, sem ter uma experiência bíblica ou teológica. Não existem provas históricas, ou documentais, para tais afirmações. Na verdade, dentro do campo das ideias, no que tange as discussões na área pneumatológica, na história da teologia cristã, o evento ocorrido em Azuza é um marco, pois encerra esses debates, pois mostra uma leitura de Lucas-Atos, que não tem somente um caráter narrativo e histórico, mas doutrinal. E esse pensamento permeava os cristãos do início do movimento pentecostal. A leitura de Lucas-Atos se faz necessária hoje, para que todo tipo de preconceito teológico cai por terra. Automaticamente, nossa reflexão sobre esse assunto precisa trazer tempos de refrigério e renovação completa, com uma busca bíblica, e histórica sobre a vontade de Deus para o corpo de Cristo no que tange ao avivamento, remetendo também a um estudo sério da história verdadeira da igreja e do cristianismo, bem como uma exegese coerente.

Lermos somente Romanos, Gálatas, e Efésios, não pressupõe uma leitura correta para uma teologia do Espírito Santo. Temos que ver, como a teologia Lucana oferece um panorama melhor complementando o que Paulo disse, para uma revitalização da igreja, com uma direção do Espírito Santo. Ora, uma coisa impressionante sobre o avivamento da rua Azusa é sua contribuição, tanto histórica, como social, e teológica. Do ponto de vista histórico vemos Seymour, e Parham, como fundadores do movimento pentecostal, e do pentecostalismo.

No âmbito social vemos vários problemas relacionados ao racismo, perseguição por parte de muitos da sociedade daquela época. E só para constar, as perseguições eram praticadas por “cristãos” e não cristãos. Ainda sobre as questões relacionadas as perseguições, vale ressaltar, que aqueles outros “cristãos”, que não faziam parte do movimento pentecostal em seus primórdios, agiam com preconceitos, no que tange a considerar o pentecostalismo uma loucura. Já a ênfase teológica, do avivamento da rua Azusa, é impressionante, justamente por uma mudança de paradigmas. Ora, o falar em línguas tornou-se global, mundial e contínuo. Para o movimento pentecostal, a intensa convicção na eminente segunda vinda de Cristo, era tão importante quanto a ênfase no falar em línguas.

Fontes: James L. Garlow, Deus e seu Povo, a História da Igreja Como Povo de Deus, Páginas: 308-309. Editora: CPAD.

Earle E. Cairns, O Cristianismo Através dos Séculos, Uma História da Igreja Cristã, Página: 514, Editora Vida Nova.