Uma breve reflexão sobre o suicídio

Depressão-a-Doença-do-Futuro-17

Por Carlos Roberto

Caro leitor, esse tema, tem sido debatido há alguns dias por causa de posicionamentos teológicos estabelecidos e afirmados com veemência. No meu entendimento, nas redes sociais, muita gente tem focado em vias erradas, para tentar dar uma explicação saudável sobre o pós-morte, que no caso em questão é o tirar a própria vida.

Tenho chegado a uma conclusão preocupante. Os cristãos, não sabem debater e dialogar no espírito da paz e da harmonia. Briguinhas bobas e infantis tem sido o foco de muita gente no facebook, que diz entender a bíblia e a teologia.

Em muitos posts, artigos e textos, tenho presenciado que alguns irmãos estão pensando somente em seu sistema e sua interpretação. O ego, a soberba, a ofensa e o desrespeito não irão solucionar nossos problemas. Mas essa turma, que diz saber tudo, prefere bloquear ou cancelar a amizade do que refletir sobre um assunto tão sério e preocupante.

Os índices e estatísticas, de pessoas que tiram a própria vida são alarmante e aumentam a cada dia. Será que os crentes atuais, estão preparados para lidar com isso? E a igreja? Que é chamada para pregar o evangelho e tirar os perdidos do erro e da perdição?

É justamente nesse ponto que eu quero chegar. Precisamos sermos mais tolerantes, sábios, maduros e principalmente inteligentes, para compreendermos as causas do sofrimento de determinadas pessoas que estão vivendo problemas de ordem comportamental.

O aconselhamento pastoral, precisa ser visto com mais ênfase em casos assim. Pergunto: será que sabemos o tipo de suicídio que estamos lidando? Apesar do entendimento que eu tenho, da obra única e exclusiva da graça de Deus, na vida de uma pessoa, tenho dificuldade em compreender certos casos, que prefiro me calar.

Deixe eu dar um exemplo prático. Os problemas, de ordem mental e psicológico são uma dificuldade dura. A depressão e outros temores, medos, angustias e incertezas humanas, são a causa de um provável suicídio. Quem sou eu, para dar um julgamento duvidoso? Prefiro o silêncio e reconhecimento de minhas próprias limitações humanas, do que dar um parecer e debater a questão com gente que pensa somente com a cabeça fechada, com o espírito da contenda e dentro da caixa.

O irmão Alcino Júnior, em seu blog, foi certeiro ao tratar a questão:

“E se ao invés de tantos ataques ideológicos, nos preocupássemos mais em discutir qual seria a melhor forma de ajudar as pessoas que estão passando por quadros de depressão? Creio que a alta qualificação dos envolvidos na disputa seria de grande valia para o Reino se fosse usada para agregar à igreja ao invés de apenas afagar seus próprios egos. ”.

Enfim, eu poderia falar mais, e aliás eu nem ia me pronunciar sobre isso no blog, mas a necessidade e a demanda falaram mais alto. A discussão e o debate sobre o suicídio, vão muito mais além do que calvinismo ou arminianismo e nós, precisamos entender isso. Temos que nos unirmos, da melhor forma possível e tentar tratar os inúmeros casos, de crentes em Cristo que conhecemos que estão passando por lutas interiores.

Encerro por aqui, mas deixo o link, do texto do irmão Alcino. Leia e reflita!

 

 

3 ideias sobre “Uma breve reflexão sobre o suicídio

  1. teologia seculo 21

    Concordo totalmente! Onde a Bíblia se cala temos que nos calar também! Isso é sinal de humildade! Se Deus resolver perdoar alguns suicidas Ele continuará sendo Deus, se Ele decidir não perdoar nenhum Ele continuará sendo Deus do mesmo jeito. cabe a Ele o juízo.

    Curtir

    Resposta
  2. cicero ramos

    De fato Carlos Roberto, a abordagem nas redes sociais em sua grande maioria é falha pois os irmãos em Cristo ficam a se digladiar sobre se há salvação para quem se suicidou ou não. Posso ter minha convicção pessoal sobre o assunto, mas tenho de me esforçar ao máximo para não entrar em contenda com vc, por exemplo, caso sua opinião seja diferente da minha. Isso posto, acredito que é por aí, teríamos que na realidade nos unirmos para discutir maneiras de ajudar potenciais suicidas e ainda, formas de consolar as famílias enlutadas. Talvez eu escreva também um texto no Observatório Teológico com minha abordagem particular, Deus te abençoe amado!

    Curtir

    Resposta
  3. Weliano Pires

    Muito bom e equilibrado o seu comentário, caro irmão Carlos Roberto. Eu também procuro me calar onde a Bíblia se cala e não afirmo com certeza, aquilo que a Bíblia não diz com clareza. Reconheço as minhas limitações e sempre me recuso a fazer julgamentos em relação à salvação ou condenação daqueles que já partiram desta vida, independente da circunstância em que morreram.

    Concordo também, que o amor deve sempre nortear os debates daqueles que professarem a fé cristã.

    Curtir

    Resposta

Deixe um comentário